quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

JOE JACKSON - TEORIA DA CONSPIRAÇÃO CONTRA MJ

JOE e Rowe: A teoria da Conspiração

Teorias da conspiração

Por Patrícia Colombo

Em entrevista à Rolling Stone Brasil, Joe Jackson fala sobre as supostas agressões a Michael Jackson, a semelhança de Prince Michael II com o pai e o complô que teria levado à morte do Rei do Pop; confira também bate-papo com Leonard Rowe, autor do livro O Que Realmente Aconteceu com Michael Jackson

Joe Jackson nunca foi das figuras mais queridas no show business, mas seu filho Michael trilhou por caminhos opostos. Mais que um garoto de talento em sua infância, ele se tornou, ao longo de sua carreira, uma das grandes lendas da música. Atingiu o olimpo das celebridades, mas, mais tarde, teve uma das mais cruéis quedas do mundo pop. O cantor morreu em um triste 25 de junho de 2009 - menos de um mês antes de retornar aos palcos -, dando início a uma série de dúvidas sobre sua morte, principalmente por parte de sua família. Também por conta disso, Joe está atualmente no Brasil, junto ao produtor de shows (e amigo de longa data do clã Jackson) Leonard Rowe, para a divulgação do livro escrito por este, intitulado O Que Realmente Aconteceu com Michael Jackson, que chega às lojas do país nesta primeira semana de dezembro.

Conrad Murray, médico responsável por aplicar a dose letal do anestésico Propofol em Michael Jackson antes de sua morte, é acusado por homicídio culposo e aguarda a conclusão de seu julgamento. No entanto, para Joe Jackson e Rowe, Murray foi apenas quem pagou o pato na história, já que a dupla sustenta que a morte do cantor foi na verdade o resultado de uma conspiração tramada pela produtora AEG (sobretudo pelo presidente da empresa, Randy Phillips) junto ao advogado hoje responsável pela administração do espólio de Jackson, John Branca (vale lembrar que a AEG foi a encarregada da realização da série de 50 apresentações que Michael faria em Londres em 2009, na O2 Arena, na temporada chamada This Is It).

O Que Realmente Aconteceu com Michael Jackson traça um paralelo entre o que Rowe afirma ser o lado "mau" da indústria do entretenimento e a história do cantor, sobretudo no que se refere aos seus últimos anos de vida. A explicação que o livro traz sustentando a citada conspiração conta com cópias de contratos, de cartas e do testamento de Michael Jackson (datado de 2002) - o qual Joe Jackson e Rowe alegam ser falso. Para eles, os envolvidos buscam sugar o patrimônio de Michael passando por cima de quem for.

Apesar de inúmeras vezes ser citado como oportunista por enriquecer valendo-se do talento de sua prole - com base, por exemplo, em treinos bastante rígidos (que foram comentados de forma dolorosa pelo próprio Michael Jackson anos mais tarde em muitas entrevistas) -, Joe Jackson nega que esteja atrás de dinheiro. Ele afirma, a todo o momento, que tanto a divulgação do livro quanto o interesse em uma investigação federal do caso desembocam em um único objetivo: o de fazer justiça.

Joe Jackson e Leonard Rowe receberam a reportagem da Rolling Stone Brasil nesta semana, no Mercure Grand Hotel, em São Paulo, para falar sobre O Que Realmente Aconteceu com Michael Jackson, papeladas, contratos, possíveis tramóias e como Blanket (Prince Michael Jackson II), o caçula de Michael, se assemelha ao cantor enquanto menino prodígio. Leia a entrevista abaixo:

Rowe, por que você decidiu escrever O Que Realmente Aconteceu com Michael Jackson? Quanto tempo levou para o livro ficar pronto e como foi o processo de elaboração?
Leonard Rowe: Levei dois anos para escrevê-lo. Comecei antes mesmo de Michael morrer. O livro tratava sobre o lado malévolo da indústria do entretenimento. Quando estava no meio deste trabalho, Michael pediu que eu fosse à Califórnia para trabalhar com ele em algumas coisas. Durante aquela época, Michael morreu. Quando vi o que aconteceu com ele, coincidiu com o que estava escrevendo, porque sinto que foram as pessoas ruins da indústria do entretenimento que o destruíram.

Senhor Jackson, o que o fez se envolver no lançamento deste livro?Joe Jackson: Muito do que há nesse livro envolve Michael Jackson. Estou trabalhando na divulgação, porque estou atrás de justiça.

O livro aponta a indústria do entretenimento, o ambiente ao qual ele estava submetido, como a responsável pela morte de Michael.JJ: Não posso culpar o entretenimento, mas algumas pessoas que estiveram envolvidas nisso. Não a indústria toda. Por isso estou atrás de justiça. Houve conspiração e estamos tentando descobrir quanto disto ocorreu. E, havendo conspiração, estou procurando por justiça. Quero que a verdade seja dita e será dita por uma investigação federal.

E como Conrad Murray estaria envolvido nesta conspiração? Ele teria sido pago pela AEG, que é citada no livro como uma das envolvidas no caso?JJ: Na verdade, Conrad Murray é apenas o bode expiatório. Michael não o estava pagando, mas havia outras pessoas fazendo isso, como a AEG. O que esse médico deu a Michael, independente do que foi, não deveria ter sido dado fora de um hospital. Como ele conseguiu isso não sabemos, é o que vamos descobrir com uma boa investigação.

Na época, vocês não sabiam que ele estava tomando determinados medicamentos na própria casa dele?JJ: Não, não sabíamos nada sobre isso. Nós, da família, apenas tínhamos conhecimento de que ele tomava alguns remédios para dormir, sem riscos. Como ele estava cansado, o médico dava algo para que ele conseguisse relaxar.

Sobre a série de 50 shows que seria realizada em Londres, na O2 Arena: como foram as negociações?JJ: Michael não aceitou fazer os 50 shows.

LR: Trabalho com isso há 35 anos. Você nunca coloca um show à venda sem que o artista assine o contrato para fazê-lo. Se Randy Phillips tinha um contrato assinado por Michael para fazer 50 shows, ele mostraria a todos que Michael Jackson havia feito um acordo com ele. Você já viu um contrato assinado por Michael aceitando os 50 shows? Eles não deveriam mostrar publicamente o contrato? Eles fizeram um ótimo trabalho distorcendo e fazendo com que as pessoas achassem que ele havia aceitado. Michael me disse que só havia concordado em fazer dez shows, mas que depois venderam 50. "Eu não conseguirei fazer 50 apresentações", ele me falou, na época. Então, a pedido dele, fui atrás de Randy Phillips para esclarecer o que estava acontecendo e ele se recusou a me receber. Isso foi armado [o livro de Rowe traz uma cópia do contrato de Jackson com a AEG, e nele constam 31 apresentações. O autor comenta no material que, apesar de Jackson originalmente só ter aceitado fazer dez shows, este número foi aumentado na documentação. Também lá ele reforça que nenhum acordo de 50 apresentações foi firmado].

No livro, você ainda afirma que o testamento, que não inclui o senhor Jackson, é falso.LR: Tudo nesse testamento é falso. Desde dizer que ele assinou aquilo, o que não aconteceu, até falar que ele assinou em Los Angeles, sendo que em julho de 2002 ele estava em Nova York. Os nomes das crianças não estão escritos de forma correta, e se você conhecesse Michael, como eu e como o senhor Jackson, saberia que ele nunca deixaria que nada estivesse errado, porque ele sabia no que isso poderia dar. Isso tudo combinado ao fato dele ter brigado com John Branca e ter dito que não queria nunca mais que nada seu estivesse relacionado a ele. Quem está cuidando do espólio? John Branca! Quando um artista morre, como John Lennon ou Elvis Presley, existe alguma produtora ainda envolvida com o espólio? Pois a AEG está, junto a John Branca. Algo está errado. Você sabia que a AEG aparece como beneficiária do seguro de vida de Michael Jackson? Eles não comentam nada porque querem que todos, incluindo o senhor Jackson e eu, deixemos isso de lado para que continuem roubando tudo o que Michael conquistou em sua vida. Michael tinha cópias de tudo e, quando ele morreu, não encontramos o testamento - logo só há uma cópia dele, a de Branca. Nos reunimos com seis advogados de família e todos chegaram a conclusão de que o testamento era falso.

Vocês sustentam que o motivo para tudo, do lançamento do livro à investigação federal, é a busca pela justiça, mas muitos enxergam isto como, na verdade, uma busca por dinheiro...LR: Já ouvi tanto que o senhor Jackson está querendo lucrar à custa da morte de Michael. Por que você não dá uma olhada para ver quem está lucrando mesmo?

JJ:[interrompendo] Olha, não estou interessado... Estou aqui pela justiça.

LR: E, além disso, quem está lucrando com relação aos bens de Elvis Presley? Lisa Marie e sua mãe. E o John Lennon? A Yoko Ono! É a família que deve receber esse dinheiro. Se eu tivesse um filho que tivesse construído um império e, de alguma forma, ele morresse, quem deveria ficar com isso? Ninguém sai por aí falando que a Lisa Marie está lucrando à custa do pai ou Priscilla à custa de Elvis. Elas têm direito a isso. É o que digo, estão querendo confundir a cabeça do público para possam ficar com o dinheiro dos Jacksons. São pessoas como John Branca que estão lucrando.

JJ: E me chamam de ganancioso [risos].

Muito se fala do massacre da mídia e da indústria do entretenimento em relação a Michael Jackson. Mas não há também uma outra parte da história, relacionada à criação dele, à perda da infância e ao fato de possivelmente ele não possuir uma estrutura emocional para lidar com todas as pressões inerentes ao sucesso?JJ: Isso é coisa da mídia, que distorceu tudo. Michael teve uma infância maravilhosa, com seus irmãos e irmãs. Fazíamos piqueniques, íamos pescar. Isso é infância. Ele era proibido de andar com quem não fosse boa influência. Foi assim que criei meus filhos e eles nunca estiveram envolvidos com drogas, foram presos ou coisas do tipo. Eu trabalhava em dois empregos e os coloquei no show business... A mídia está errada.

Só que esses problemas não foram criações da mídia, mas coisas que ele mesmo falou em diversas entrevistas.JJ: Eu sei do que você está falando, que ele disse que não teve infância. Então, ele não sabe o que teve. Estou dizendo. Ele teve sua infância com seus irmãos e esteve com sua família. Não quero que você distorça tudo. Quero que você seja justa.

Mas muitos atribuem alguns problemas que Michael teve em sua vida a você. Ele mesmo comentava sobre a relação difícil, sobre agressões...JJ: Pense no que enfrentei ao criar aquelas crianças... Naquela época, pais deixavam suas famílias, suas esposas com as crianças para serem sustentadas, e cheias de contas para pagar. Isto não aconteceu com os Jacksons. Estive ao lado deles e os criei. Quando as crianças são menores, você é o responsável por elas até que completem 21 anos.

LR: Esta pergunta aparece em todas as entrevistas que damos e isto é uma coisa que não entendo. O que nunca nos perguntam é como as pessoas que controlam a indústria musical tentaram ao máximo roubar a família deles por anos. Ele teve que enfrentar este mal, de pessoas chegando e falando: "Seu pai não é bom para você. Nós somos". Quando eu conheci os Jacksons, há 30 anos, eles [ as pessoas que controlam a indústria musical] já faziam isso - e fizeram até a morte de Michael. Sempre tentando roubar sua família e mantê-la dividida. E Joe teve que enfrentar tudo isso para mantê-los unidos, e fez um ótimo trabalho. As pessoas ao redor do mundo deveriam tirar o chapéu e aplaudir isto. Alguns pais fugiriam porque as pessoas da indústria são poderosas, mas ele teve coragem para se manter erguido e lutar por sua família. Ele não criou artistas, criou superastros, como Michael Jackson, Janet, o Jackson 5. E eu cresci em um bairro no qual todos nós apanhávamos, não só em casa como na escola, dos professores. Mas aí distorcem e falam: "Você bateu nele!". Isso fazia parte e, quando eu cresci, agradeci pelas palmadas que levei, porque eu não seria a pessoa que sou hoje sem isso. Eles fazem isso [comentar as agressões de Joe Jackson a Michael] para que as pessoas não tenham pena do senhor Jackson quando roubarem todo o dinheiro de sua família.

No livro é comentado que Katherine, a mãe de Michael, negou ajuda a ele quando, em 2007, ele não estava bem de saúde. Em 2009, quando a condição dele piorou, ela também teria sido procurada por você e não quis ajudar. Mas Michael sempre disse que tinha uma relação especial com sua mãe.LR: Muitas mães ficam intimidadas em invadir a privacidade de seus filhos. Sei que Katherine o ama tanto quanto qualquer pai ou mãe ama seu filho, mas sinto que ela ficava intimidada em invadir a privacidade de Michael. Bom, eu e Joe achamos que tínhamos, sim, que invadir sua privacidade.

JJ: Fui eu que disse a Katherine para que ela o visitasse e ficasse com ele antes de ele falecer. Falei: "Katherine, vá até Michael e fique com ele porque com a mãe por perto ele se sentirá muito melhor". Ela não foi por medo de invadir a privacidade dele. Eu não ligo para isso, porque percebi que ele estava com problemas.

Há muitos comentários negativos a respeito do lançamento de Michael, o álbum póstumo de Michael Jackson. Randy Jackson reclamou, Quincy Jones reclamou. Qual a sua opinião sobre o disco, senhor Jackson?JJ: O que ouvi dizer é que colocaram a voz de Michael em algumas partes das canções, mas ainda não escutei o álbum.

É verdade que você enxerga em Blanket o novo Michael Jackson?JJ: Eu vejo as mesmas coisas em Blanket que eu via em Michael quando ele era pequeno. Blanket tem algo a mais. Dança e canta. Chamamos ele de Little King ("Pequeno Rei", em inglês).

Qual característica da personalidade de Michael esteve presente desde a infância até a morte do astro?JJ: Desde que entrou para este meio, Michael sempre foi muito perfeccionista, o que o ajudou a se tornar a estrela que todos conhecem. Uma coisa que eu acho que as pessoas nunca viram é ele sapateando. Todos assistiram ao moonwalk e outros passos, mas nunca o viram sapatear, e ele fazia isso muito bem. Ele era tão bom quanto Fred Astaire.

Fonte - Revista Rolling Stone

JOE: Michael sabia que ia morrer


"Michael ligou dizendo que iam matá-lo" , diz Joe Jackson

Cercado por seguranças, jornalistas e uma multidão de fãs, Joseph Jackson, de 84 anos, pai de Michael Jackson, esteve no Brasil para divulgar o livro “O que realmente aconteceu a Michael Jackson – o lado obscuro da indústria do entretenimento” (Mundo Editorial). Na segunda-feira (29), ele foi a um shopping da capital paulista para uma sessão de autógrafos ao lado do autor do livro, Leonard Rowe, produtor de shows do Jackson Five e da carreira solo de Michael Jackson (1958-2009) durante 30 anos.

De acordo com o livro de Rowe, Michael teria sido morto por conta de interesses comerciais. Segundo ele, o testamento que foi entregue à família depois da morte do astro em junho de 2009 é falso. “Foi assinado num dia em que Michael não estava em Nova York, e os nomes dos filhos não estão escritos corretamente”, disse Rowe.

Essa teoria, no entanto, ainda gera controvérsias entre os fãs e a imprensa. Mas não controvérsias maiores que a própria figura de Joe Jackson. A imagem do pai do rei do pop foi construída a partir das declarações de Michael sobre as duras surras e os abusos psicológicos que sofria para ensaiar e se manter na linha. Essa descrição, porém, não condiz com o comportamento aparentemente sereno de Joe agora. Olhando nos seus olhos calmos e ouvindo sua voz, que de tão baixa chega a ser imperceptível em alguns momentos, é difícil dizer que o pai está se aproveitando do enorme legado do filho para ganhar mais algum dinheiro. Joe Jackson afirmou que, tanto quanto os fãs, ele busca por justiça. Mas é inegável que essa busca também engorda a conta bancária: segundo a editora do livro, mais de um milhão de cópias ao redor do mundo foram vendidas.

O trauma da violência doméstica, que levou Michael a tirar seu pai do testamento e afastá-lo das decisões da sua carreira assim que pôde, não parecia incomodar os fãs brasileiros, felizes de estarem perto de alguém próximo ao ídolo. No lugar de Michael, Joe Jackson recebeu o amor órfão dos seguidores do filho. Vestido com extravagância, como de costume, de preto e com cordões de ouro (um deles com o mapa do Brasil), atendeu a todos os pedidos de foto e assinou cerca de 200 livros durante duas horas e meia.

“Quando Michael morreu, eu estava super feliz porque tinha tudo pronto para ver o show This is It em Londres, ingressos e passagens pagas. Foi um golpe forte. Agora estou aqui, apesar de saber dos abusos do pai dele, só para estar perto de alguém que esteve com Michael e o conheceu de verdade”, afirmou o auditor Thiago Cosme de Brito, de 29 anos, que chorou ao ver o senhor Jackson pessoalmente.

Após a sessão de autógrafos, Joe Jackson conversou com ÉPOCA em um jantar. Ele contou sobre a sua vontade de buscar justiça, a sua relação com os netos e seus planos para o legado de Michael Jackson.

ÉPOCA – Por que o senhor decidiu apoiar e divulgar um livro sobre a morte de seu filho?
Joe Jackson – Eu quero que o mundo todo saiba a verdade sobre o que aconteceu com o meu filho. E o modo de contar foi levando isso aos veículos de impressa para que eles divulgassem isso por todas as partes.

ÉPOCA – Acredita mesmo que haja uma conspiração feita pela gravadora do astro, a Sony, e a AEG, administradora de sua carreira?
Jackson – É claro que sim. Isso foi o que Michael nos contou. Ele ligou para a sua mãe, um mês antes de sua morte, dizendo que iam matá-lo pelos direitos que ele tinha sobre o catálogo de música dos Beatles e de Elvis Presley. Michael tinha muito poder e influência no mundo do entretenimento.

ÉPOCA – A sua filha Janet Jackson afirmou em entrevistas que os Iluminatti talvez tenham assassinado Michael. O senhor suspeita disso também? (A assessora interrompe a entrevista para evitar a pergunta. Jackson sorri e diz: “Pode deixar que me encarrego disso”.)
Jackson – Que nome é esse? Nunca ouvi falar.

ÉPOCA – É uma fraternidade secreta (os Iluminatti aparecem em livros de conspiração, como Anjos e Demônios, de Dan Brown).
Jackson – Eu não sei nada sobre isso.

ÉPOCA – O ex-guarda costa de Michael Matt Fiddes disse ser o verdadeiro pai de Prince Michael II. E o ator Mark Lester diz que vai entrar na justiça para averiguar se Paris não é sua filha. Como o senhor vê essas alegações? Os filhos de Michael, herdeiros da fortuna deixada por ele, são dele mesmo?
Jackson – Nada disso é verdade. Os filhos são dele mesmo. Eles os criou e no final eles acabaram bem, porque ele estava envolvido 100 % em todas as coisas deles, não apenas nas materiais.

ÉPOCA – O senhor sempre foi tido como muito rígido. Como explica o fato de Michael enxergar o senhor como um monstro e mantê-lo afastado?
Jackson – Rígido? Eu não era rígido. Eu criei meus filhos de maneira que eles respeitassem todas as pessoas, e também que nunca se metessem em problemas, fossem presos ou usassem drogas. E eles eram garotos talentosos, então claro que os coloquei no show business.

ÉPOCA – De alguma maneira, o senhor colocou a carreira deles acima da felicidade?
Jackson – Não, não. Na história da carreira deles, eles começaram a tocar em shows de talento na vizinhança e nos subúrbios de Los Angeles. Depois, os shows foram ficando maiores e eles acabaram tocando em estádios e anfiteatros pelos Estados Unidos. Então a coisa foi crescendo e eles tinham que amadurecer e lidar com os negócios ao mesmo tempo.

ÉPOCA – Como é a sua relação com os seus netos?
Jackson – É maravilhosa. Os filhos de Michael me amam e a mídia tenta nos colocar um contra o outro com fofocas. Nós chamamos isso de “dividir e conquistar”, sabemos que as coisas são assim. Meus netos me visitam e eu os visito sempre. Eu e minha mulher amamos tê-los por perto, porque eu vejo como Michael era com eles. E Michael costumava falar muito sobre mim e eles gostam disso.

ÉPOCA – Como eles reagiram ao saber do livro que o senhor escreveu?
Jackson – Eles não sabem sobre o livro, ainda não.

ÉPOCA – Algum dia o senhor pretende contar para eles a respeito?
Jackson – Não, eu não tenho que contar para eles. Esses garotos são tão espertos que eles vão ler esse livro inteiro em apenas uma hora. Eles leem muito rápido.

ÉPOCA – Nesse aspecto, eles são como Michael?
Jackson – Basicamente, sim. Mas o mais brilhante, o mais parecido com Michael é Blanket, no aspecto artístico. Blanket é o que mais puxou o lado “rei do pop” de Michael.

ÉPOCA – No que mais eles são parecidos com Michael?
Jackson – Aqueles garotos são muito espertos. Você entende as personalidades deles pela maneira como Michael devia conversar com eles quando estava vivo. Blanket, por exemplo, assistia à televisão uma vez por semana, nos fim de semana talvez por uma hora. No resto do tempo, eles estavam estudando ou saindo com o pai para se divertir. Ele os criou de tal maneira que eles têm a mesma personalidade que ele tinha.

ÉPOCA – O senhor já disse que gostaria de formar uma banda com eles, como o Jackson Five.
Jackson – Se eles quiserem montar uma banda e precisarem de ajuda, eu posso ajudá-los, mas eu nunca forçaria eles a nada. Eles podem fazer o que quiser, tocar errado a música que quiserem.

ÉPOCA – O senhor acredita que o legado musical, cultural e financeiro de Michael está sendo bem administrado?
Jackson – Não, porque Michael disse que seria morto por causa do catálogo de músicas dele. Isso não é administrar direito, isso é errado. Ele era dono de metade das músicas do Elvis na época, assim como da maioria das músicas dos Beatles e muitos catálogos de música country também.

ÉPOCA – Como o senhor espera que Michael seja lembrado no futuro?
Jackson – Cantando, dançando, ajudando pessoas. Michael ajudou pessoas o tempo todo. Eu lembro dele conhecendo pessoas que não tinham dinheiro para ir ao hospital, e Michael sempre as ajudava, pagando o que fosse. Ele era esse tipo de gente. Ele gastou muito dinheiro ajudando os pobres e doentes.

ÉPOCA – A sua família é bem religiosa. Onde o senhor acredita que Michael está agora? Ele está olhando para nós?
Jackson – Eu não sei sobre a parte de estar olhando para nós, porque não o tenho visto muito. Eu acredito no que eu vejo. Mas Michael era uma boa pessoa e espero que a mídia e as pessoas se lembrem dele dessa forma, como ele era. Aproveito para agradecer os fãs, porque eu estou atrás de justiça, nada mais. Não quero fazer muito dinheiro em cima da morte dele, nem nada do tipo. Eu quero justiça, e justiça não é fácil de conseguir para alguém como Michael, porque ele era a maior estrela da face da terra. Mas parte da mídia não quer que isso aconteça.

ÉPOCA – O senhor também vai abrir no próximo ano a Jackson Family Foundation. Que tipo de projetos ela promoverá?
Jackson – Todo tipo de grandes projetos em todo o mundo, como ajuda aos pobres e distribuição de bolsas de estudo, inclusive no Brasil, onde já coloquei gente encarregada de montá-la e divulgá-la.

JOE:último enconto com MJ

Encontro de todo o clã Jackson, na cada dos pais

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Joe Jackson queria que Michael parasse com os Shows

O pai de Michael Jackson, Joe Jackson queria que Michael cancelasse sua tourné "This Is It" no ano passado - porque ele sabia que os shows seriam "demasiado" para a sua saúde frágil.

O patriarca Jackson estava tentando fazer com que a tourné fosse reduzida ou totalmente cancelada e até brigou com Michael em uma reunião com o cantor, após uma discussão sobre a programação excessiva. E Joe está cheio de arrependimento, porque a discussão com raiva, foi a última vez que falou com seu filho.

Ele diz ao site britânico News of the World: - "Michael me disse que tinha assinado por apenas 15 shows, mas estava fazendo 50 anos, e eram muitos shows de uma vez. Avisei Randy que Michael seria empurrado para seu limite. Zanguei-me e começou a gritar, mas Michael e sua mãe, sentaram-se no canto da sala. Assim como Katherine, ele não conseguia lidar com os confrontos. Randy disse que iria olhar para estas coisas, mas nada aconteceu."

"Depois que saí da sala, disse adeus a Michael. Eu lhe disse que iria falar com ele em breve - mas eu nunca o fiz. Foi a última vez que o vi. Eu gostaria de ter feitoalguma coisa para deixá-lo longe dos shows. Eu sabia que ele nunca os faria, mas eu nunca pensei que ele ia morrer. "

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